26 de set. de 2011

Só o cartum constrói.



Quando desenhei o Oliveira foi que tive a sensação de que estava pegando o jeito da coisa do cartum. Antes, eu só fazia charges e ilustrações.
É que o cartum, a charge e as tiras apesar de parecerem iguais aos olhos dos leigos, são diferentes. Sempre saquei que o cartum tem uma linguagem diferente, talvez por isso não temos muitos Cartunistas no Brasil. Temos mais quadrinistas e chargistas. A turma da geração do Millôr, Ziraldo, Fortuna, Jaguar e Cláudius valorizam e conhecem muito sobre o cartum. São profissionais ímpares.


Tenho procurado desenvolver essa linguagem dentro do espaço da tira de quadrinhos. Na verdade, você criar e desenvolver um personagem não é tão fácil o quanto parece. Ao menos pra mim. O problema é que sempre estou envolvido com o trabalho e trabalhos envolvem contratos, advogados, prazos, qualidade e aquela pressão da autotortura para agradar e fazer um trabalho digno da confiança de seu cliente. Isso tudo toma muito tempo e por isso fica difícil me dedicar somente a um personagem.
Eu curto fazer tiras soltas, de ideias que caem na cabeça ali na hora. 
Antes, eu levava 20 minutos para fazer um desenho. Hoje, tenho a ideia, rabisco uma porrada de vezes antes de chegar ao resultado final. Estou curtindo mais, e ficando satisfeito com os resultados. Isso acontece quando você alcança a percepção do quantitativo e do qualitativo. O quantitativo faz cem para acertar dez. O qualitativo faz só dez, e acerta todos os dez.
É assim em quase todas as profissões. Os qualitativos são melhores, na minha opinião. Minha vida agora é assim.

Abração procêis!
Rico

3 comentários:

  1. Sou fanzaço com seu trabalho. Ótima fonte de inspiração

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  2. Valeu, Daniel! Obrigado pela visita. Fico feliz de que goste, bróder!
    :)
    Abração!

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  3. RICO,
    Olá! Estou acompanhando seu trabalho.
    Adorei conhecer o OLIVEIRA. Ele é demais.MUITO BOM!
    Vou ficar aguardando outras tiras.
    Cristina Sá
    http://cristinasaliteraturainfantile
    juvenil.blogspot.com

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